terça-feira, 24 de março de 2009

A Mídia em tempos de crise

“Por que a cobertura da mídia é tão superficial?” Esta foi uma das perguntas que fizeram parte do Fórum de Debates, que contou com a presença de João Antônio de Paula, professor da UFMG, João Carlos professor de jornalismo econômico da PUC e dos alunos do curso de jornalismo da Uni-bh, Puc e do Centro Universitário Izabela Hendrix. O Fórum de debates ocorreu no dia 17 de março, ás 19h30 no Espaço Cultural do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais. O tema do debate foi a Crise Econômica e a cobertura da mídia.
O Professor João Antonio abriu o Fórum dando ênfase ao tipo de crise pela qual estamos passando, que é a denominada Crise capitalista clássica, onde se busca a lucratividade e a super produção.
Segundo ele esta crise se relaciona em alguns aspectos com a crise de 29, pois assim como tempos atrás, quem continua pagando o preço da crise são os trabalhadores.
Elas se diferenciam quanto a Financeirização; o PIB de 1980 não passava de 10 trilhões de dólares, hoje o PIB atinge seus 48 trilhões de dólares, a Financeirização, explica o professor, é a produção de lucros que nascem do movimento especulativo do dinheiro, e o que se vê em 80 é o descompasso entre as riquezas produzidas. Outro ponto que se opõem é a Securatização, que uma ferramenta financeira usada para converter uma carteira relativamente homogênea de ativos em titulos imobiliários passíveis de negociação, ou seja, a transformação de um ativo que não é liquido em liquido.
Para concluir o debate o Professor João Carlos sintetizou o papel da mídia na crise econômica .Ao seu ver “ a cobertura da mídia é superficial” , falta conexão , análise , pesperctiva e preparo.
O trabalho do jornalista é muito corrido e a gente aceita , as empresas privadas não estão interessadas em nossa capacitação , elas querem que o jornalista faça qualquer coisa, que cubra., diz o professor, sendo que o jornalista deve mostrar o olhar que ninguém tem, tornando se difícil com o modo pelo qual seu tarbalho é imposto.
Ele ainda satiriza que uma empresa não deixa o jornalista mais de duas semanas se empenhando em algum trabalho , por correr o risco de ficar perfeito.
O professor João Carlos fechou o debate levando a uma reflexão de que pode e deve-se fazer um trabalho qualificado, até mesmo porque a linguagem da mídia em geral não iclui grande parte da sociedade , que fica alienada aos acontecimentos.
O que a mídia tem feito é tentar transformar as pessoas em objetos , sendo ela uma mera empregada de suas empresas, que se sentem donos do mundo.


CArol...